- 0
Aluvião
Em até 4 de 17.48 s/juros
Descrição Saiba mais informações
É nesse pedaço do mundo, redemoinho de afetos e arestas, que o poeta se forma, lá onde viver é sempre sobreviver e tudo depende da força do rio, que é generoso para fornecer a subsistência, mas também pode ser o destino último de todos os sonhos.
É também nos barrancos do Velho Chico que ele se enreda no luto pela mãe: “ela é o rio. ela é o mar agridoce. ela é a esteira das frutas. o quintal dela é minha língua”. Como um fio (ou rio) que atravessa e une as diversas faces de ALUVIÃO, a morte da mãe (“nunca vão entender o que foi ela, a barranqueira”) é capaz de mudar o sentido de tudo que vive e do que já foi vivido, como uma presença que, abandonando o corpo individual, se multiplica em cada pequeno detalhe ao redor: a maneira de falar e de ouvir, de trabalhar e de comer, de rezar e de dormir, tudo tem o rosto e o “mel” da mãe.
Imerso nesse amor, o poeta cria ALUVIÃO como as pessoas ali fazem as coisas que dão sentido aos seus dias: tecer redes ou esculpir carrancas, pescar ou lavar roupas. “A minha língua é extensão das que sempre foram regadas com caldo de cabeça de peixe.”
Páginas | 120 |
---|---|
Data de publicação | 01/10/2025 |
Formato | 13,5x20x1 |
Largura | 13.5 |
Comprimento | 20 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | POE000000 |
Classificações THEMA | DC |
Idioma | por |
Peso | 0.174 |
Lombada | 1 |