As escolas são espaço e tempo de lazer e esforço. Através de histórias da Escola da Ponte e de outros ambientes de aprendizagem, neste livro o Professor José Pacheco vai nos revelando os processos individuais e coletivos para que autonomias pulsem plenamente e não sejam ofuscadas por sutis modos de controle. Para o autor, sendo a escola espaço lúdico e de trabalho, ela deve construir uma cultura de cooperação, que ajude os alunos recém-chegados a “motivarem-se”, ou seja, que sejam ajudados a reconhecerem-se como pessoas, para verem os outros como pessoas; que sejam apoiados pelos tutores e pelos outros alunos no equilíbrio da autoestima; que sejam incentivados a fazer perguntas. “Na Ponte, a autonomia era pensada dentro do contexto da cooperação e do exercício de uma liberdade responsável – de um exercício de cidadania. Se não o fosse, converter-se-ia numa mortal autossuficiência. Era uma autonomia vivida na relação pedagógica mediada por dispositivos de relação: a Assembleia, os acordos de convivência, a lista de direitos e deveres, o ‘eu já sei e posso ajudar’. Tudo servia de oportunidade de desenvolvimento sociomoral”, relata o autor.