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Fantásticas - Volume I
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SOBRE O LIVRO
Primeiro volume da antologia Fantásticas reúne narrativas de ficção cujo tema é a representação sobrenatural da mulher e seu fascínio. As histórias apresentam personagens femininas, por vezes sobre-humanas ou dotadas de poderes sobrenaturais. São mulheres envolventes, não necessariamente representadas como femmes fatales, mas que exercem seu poder de atração sobre os homens.
Através de elementos da aventura e do terror, as histórias ressaltam importantes questões psicanalíticas e refletem sobre o corpo pétreo (mas também níveo e brônzeo) da mulher, muito explorado por escritores e psicanalistas homens. Os textos críticos sobre o assunto, escritos sobre mulheres, no entanto, são raros. Por isso, buscando ressignificar a representação feminina, os dois volumes apresentam textos introdutórios de autoria de duas psicanalistas.
Fantásticas – Volume I conta com prefácio de Luciana Saddi. No texto, ela discute os desdobramentos psicanalíticos e a importância das três narrativas que compõem o livro para a psicanálise: “Arria Marcella” (1852), de Théophile Gautier, “Os mortos são insaciáveis” (1875), de Leopold von Sacher-Masoch e “Estátua de neve” (1890), de Maria Bormann. O livro apresenta traduções inéditas diretamente dos idiomas originais. A obra “Arria Marcella”, do francês, é traduzida por Régis Mikail, e “Os mortos são insaciáveis”, do alemão, por Karina Jannini.
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SINOPSE
Fantásticas – Volume I reúne três narrativas. “Arria Marcella” (1852), de Théophile Gautier, tem como pano de fundo os escavamentos na região de Pompeia. Ali, o romântico e sonhador Octavien acaba distanciando-se de seus colegas e, numa espécie de delírio, vê a paisagem se transformar Pompeia do século I, às vésperas da erupção do Vesúvio.
“Os mortos são insaciáveis” (1875), do escritor austríaco Leopold von Sacher-Masoch, conta a história de um simpático rapaz que, em uma reunião familiar, toma conhecimento de uma lenda sobre certa estátua que costuma ganhar vida num castelo da região. Intrigado, ele resolve procurá-la e é levado à perdição pelo corpo daquela mulher de mármore.
Maria Bormann, que escrevia sob o pseudônimo de Délia, precursora da literatura feminina brasileira, encerra o volume com o conto “Estátua de neve” (1890). Carmem é a protagonista da narrativa e, assim como a personagem-título do famoso conto de Prosper Mérimée, é uma mulher que goza de autonomia sobre o homem apaixonado por ela — e sobre o amor, em geral — no Brasil do fim do século XIX.
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SOBRE OS AUTORES
Théophile Gautier (1811-1872), poeta, contista, romancista e libretista francês, foi apadrinhado por Victor Hugo e participou da “Batalha de Hernani”, polêmica envolvendo uma renovação na estética teatral. A escrita de Gautier, rica e variegada, aborda elementos fantásticos, inspirados em suas leituras e em suas experiências com o haxixe. Gautier atravessou o romantismo e o parnasianismo na França, podendo ser considerado um dos precursores da “arte pela arte”, à qual contribuiu com sua criatividade em debates estéticos e políticos. Gautier é, ao mesmo tempo, uma testemunha e um divisor de águas na literatura francesa do século XIX.
Leopold von Sacher-Masoch (1836-1895), historiador, jornalista e escritor de expressão alemã, teve uma vida marcada por traições e crises financeiras. Autor de uma obra polêmica, de estranha sensualidade, foi estigmatizado pela crítica, que o acusava de ser “antinatural e niilista”. A partir de seu nome, o psiquiatra Krafft-Ebing cunhou o termo “masoquismo”, definição ainda hoje controversa. A obra mais conhecida de Masoch é A Vênus das peles (1870). Como em muitos de seus escritos, reconhecem-se nela elementos autobiográficos de seu relacionamento com Angelika Rümelin, sua amada dominatrix, também escritora.
Maria Benedita Câmara Bormann (1853-1895), cronista, romancista, contista e jornalista gaúcha. Filha de um funcionário público, casou-se cedo com o tio materno por vontade da família. Dotada de espírito artístico aguçado (falava francês e inglês, tocava piano e era cantora mezzo-soprano), adotou o pseudônimo de “Délia” em suas narrativas literárias, que eram publicadas em jornais. Sua obra, de estilo refinado, libertário e repleto de ironia, se destaca daquela de seus contemporâneos. Ainda timidamente presente na literatura brasileira, Bormann é uma grande escritora que começa a ser descoberta graças à sua coragem e à sua originalidade.
Páginas | 124 |
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Data de publicação | 20/02/2024 |
Formato | 19 x 13 x 2 |
Largura | 13 |
Comprimento | 19 |
Acabamento | Brochura |
Lombada | 2 |
Altura | 2 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | FIC009090; FIC044000; FIC076000 |
Classificações THEMA | FB; FM |
Idioma | por |
Peso | 0.177 |