Nesta envolvente história que mistura realidade e ficção, anos de história, etnias, línguas e culturas apagadas emergem das sombras, finalmente retomando o seu merecido destaque, enquanto uma adolescente, às vésperas do vestibular e sem rumo definido, descobre seu propósito, entrelaçando-se com a fascinante história do Parque Indígena do Xingu e do povo panará.

Até onde Janaína sabe, não há nenhum ancestral indígena em sua árvore genealógica. Ainda assim, ela parece ter uma conexão profunda com eles.

Certa noite, um velho indígena aparece em um sonho dela e lhe pede ajuda. Ela não entende a língua dele e, consequentemente, não sabe do que ele precisa; porém, acompanhada da irmã Jade e do namorado Luciano, um estudante de História, ela decide resolver esse mistério. Mesmo assim, não será fácil encontrar respostas, pois a história indígena foi apagada, fraudada e recontada pelos povos que os subjugaram.

Em outro momento e lugar, Toriaua está muito preocupado com o futuro de seu povo, os crenacore ou panará. Seu pai, o pajé da aldeia, deveria lhe transferir o amuleto que permitiria a Toriaua conversar com os espíritos e proteger seu grupo; porém, ambos desapareceram. Além disso, os forasteiros se aproximam e ninguém sabe se vêm em paz ou se têm más intenções. Toriaua teme que Pakyã’ Akriti, a falsa estrela cadente, finalmente caia do céu e traga grandes desgraças.

Apesar de se desenrolarem em épocas e locais diferentes, as histórias de Janaína e de Toriaua se cruzam de maneiras inimaginadas, mas nenhum deles sabe se seus caminhos levarão a um destino trágico ou àquilo por que ambos buscam: paz e esperança.