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O Jesus que as mulheres viram
Como as primeiras discípulas nos ajudam a conhecer e amar o Senhor
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Em 1896, em um mercado de antiguidades no Cairo, um comerciante de manuscritos vendeu um papiro antigo. O comprador foi um acadêmico alemão chamado Carl Reinhardt. O comerciante disse a Reinhardt que um camponês havia encontrado o livro no nicho de uma parede. Mas não é provável que essa história romântica seja verdadeira. O papiro data do século 5 e estava tão bem preservado que não poderia ter passado 1.500 anos ao ar livre. Quando Reinhardt examinou o manuscrito, descobriu que ele continha quatro textos antigos previamente desconhecidos, inclusive uma cópia parcial de um livro que veio a ser conhecido como o Evangelho de Maria.
Dois outros fragmentos do Evangelho de Maria foram encontrados desde então, e os especialistas acreditam que foi originalmente escrito no século 2. Estavam faltando partes importantes do texto em cada uma das cópias. Mas o que restou relata um encontro entre Jesus e seus discípulos após a ressurreição. Uma discípula, Maria, havia recebido uma revelação especial de Jesus. No entanto, quando Maria compartilha o que Jesus lhe revelara, Pedro a acusa de estar mentindo. Ele não acredita que Jesus teria feito tal revelação para uma mulher. Maria chora diante dessa acusação.
A experiência de Maria encontra eco em inúmeras mulheres que, durante os últimos dois mil anos, vêm sendo ignoradas e desvalorizadas por seus irmãos em Cristo. Na verdade, há quem veja o cristianismo como misógino em seu âmago: silenciando, marginalizando e pisoteando as mulheres. Na escola de ensino médio só para meninas que frequentei e depois na Universidade de Cambridge, tive muitas conversas com mulheres e homens que achavam que os direitos das mulheres são contrários ao cristianismo — ou, pelo menos, a qualquer forma de cristianismo que se apegue à Bíblia como fonte de verdade. Moro agora em Cambridge, Massachusetts. Mas a percepção do cristianismo entre muitos de meus colegas continua a mesma: a crisálida do cristianismo precisa se romper para que a borboleta dos direitos das mulheres possa voar.
Para alguns acadêmicos, o Evangelho de Maria e outros evangelhos chamados gnósticos oferecem ao cristianismo um bote salva-vidas com relação às mulheres. Alguns chegam a sugerir que os primeiros líderes da igreja suprimiram uma versão do cristianismo mais voltada às mulheres que textos como o Evangelho de Maria preservam. No entanto, neste livro pretendo argumentar que, longe de suprimir a voz das mulheres e desvalorizar sua vida, os Evangelhos do primeiro século escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João nos conectam ao testemunho das mulheres que conheceram Jesus pessoalmente dois mil anos atrás, e que o Jesus que vemos pelos olhos delas é mais belo, mais historicamente correto e mais valorizador das mulheres do que qualquer coisa que o Evangelho de Maria possa oferecer.
Páginas | 176 |
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Data de publicação | 16/08/2023 |
Formato | 20.5 x 13.7 x 0.9 |
Largura | 13.7 |
Comprimento | 20.5 |
Acabamento | Brochura |
Lombada | 0.9 |
Altura | 0.9 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Subtitulo | Como as primeiras discípulas nos ajudam a conhecer e amar o Senhor |
Classificações BISAC | REL012040; REL006040 |
Classificações THEMA | QRMP; QRMF19 |
Idioma | por |
Peso | 0.2 |