Embora a especificidade do poder de controle tenha sido demonstrada por primeiro na grande sociedade anônima, a sua fenomenologia não se restringe ao direito societário, mas abarca toda a vasta realidade do mundo político. Tudo isso nos conduz, logicamente, a completar o estudo da realidade do poder de controle com o exame do problema, delicado entre todos, do controle do poder. É o terrível desafio, formulado há mais de vinte séculos por Juvenal: Sed quis custodiet et ipsos custodes? (Como controlar o controlador?) _______________________ A regulação do poder de controle, em qualquer campo da vida social, encontra-se hoje em fase de acelerada mutação, o que obriga a rever, sem cessar, as construções jurídicas laboriosamente levantadas para enfrentar o problema.  Nesta 6.ª edição, realizou-se a difícil tarefa de investigar esta realidade social complexa e cambiante, e o resultado não se limitou a expurgar do texto todas as passagens de validade já ultrapassada. Fez-se muito mais: exerceu-se uma crítica sistemática das opiniões anteriores, aceitando-as, complementando-as com melhores argumentos, ou rejeitando-as, mostrando suas insuficiências ou contradições. O resultado é a renovação de um clássico da literatura jurídica, de leitura indispensável aos acadêmicos e profissionais do Direito.